A febre aftosa é uma doença infecciosa (altamente contagiosa) que acomete animais, como os bovinos. Pode ser transmitida diretamente por meio do contato com animais enfermos, via secreções e excreções, bem como pelas vias aéreas (vírus aerotransportado); ou indiretamente por meio de objetos, veículos ou vestuários que estejam contaminados, e até mesmo pelas mãos de pessoas que lidaram com animais doentes.Os principais sinais clínicos da doença são febre e aftas (vesículas) na boca ou nos pés de animais de casco fendido. Outros sinais da contaminação são: inquietação, salivação, babeira, dificuldade de mastigar e engolir alimentos e tremores, dentre outros.
Essa doença desencadeia perdas produtivas diretas, que podem chegar a 25% da produção de carne e leite, abortos e mortes (no caso de animais mais jovens). Para controlar e erradicar a doença é essencial fazer o seu diagnóstico e notificar obrigatoriamente aos órgãos competentes. A partir destas medidas, é feito o isolamento da região, com a proibição de saída de animais ou venda de produtos de origem animal, sendo necessário o abate e incineração adequada de todos os animais da região contaminada.
A OIE (World Organization for Animal Health) e o MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), por meio do PNEFA (Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa), desenvolveram medidas e trabalhos para obter reconhecimento oficial para o Brasil como um país livre da doença. Dentre as principais medidas estão o estabelecimento da obrigatoriedade do uso da vacina duas vezes ao ano, e o controle e testes oficiais de qualidade para as vacinas produzidas no país. A prioridade do governo é a erradicação da doença no país, valendo-se da prevenção por meio da vacinação. Essa medida é tomada efetivamente em mais de 85% do rebanho brasileiro, graças a uma ação firme do governo federal.
Fonte: Globo
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